sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

3 hábitos para um ano melhor

  1. Com a entrada do novo ano, há imensas propostas para resoluções de ano novo: fazer mais exercício, ler mais, comer menos porcaria, ser mais produtivo... mas o problema com este tipo de pensamento é muito vago e acaba por não ser seguido. Antes de revelar quais são os hábitos que irei implementar para um ano mais minimalista, mais produtivo e mais feliz, gostava de vos presentear com o conceito de Objectivos SMART.

    Este é um conceito que é explorado em aulas de empreendedorismo, comunicação empresarial e afins, das quais eu tive muitas. Basicamente, as empresas devem seguir uma série de orientações para poder estabelecer metas que se irão manter fiáveis e assegurar que não estamos a criar objectivos sem fundamento nem sustentabilidade:

    Specific (Específicos): os objectivos não podem ser vagos, não podem deixar margem para dúvida. A chave é ir ao pormenor em tudo o que nos propomos a fazer;
    Measurable (Mensuráveis): devemos criar objectivos que possam ser medidos e que possamos dizer com clareza que os atingimos;
    Attainable (Atingíveis): não devemos criar metas que são improváveis de serem completadas e que nos desmotivem. Devemos-nos propor a realizar acções que estão dentro das nossas capacidades e recursos, não vale a pena criar metas que não seriam possíveis de atingir;
    Realistic (Realistas): na mesma linha, devemos criar metas que tenham resultados que podem, de facto, ser atingidos, razoáveis e relevantes para o nosso bem-estar e felicidade;
    Time Bound (Temporizáveis): deve haver uma meta temporal até à qual o objectivo deve ser atingido; com resoluções de ano novo é mais óbvio este intervalo: 1 JAN a 31 DEZ.

    Com isto em mente, gostaria de vos apresentar as minhas resoluções para o próximo ano e a forma com as vou atingir nos 365 dias que me esperam:

      1. One in, one outComeçamos por um conceito muito fácil, que já faz parte do vocabulário diário dos minimalistas: sempre que entrar uma coisa, outra tem de sair. Isto pode-se aplicar a roupa, a entretenimento, a conteúdo digital, a comida, a amigos (i kid, i kid, desses nunca temos suficientes) a decoração de Natal, enfim, a todas as áreas da vossa vida em que se sintam confortáveis que se aplique este conceito.

        Para mim, vai ser principalmente aplicado no que diz respeito a roupa, conteúdo digital e produtos de beleza. Isto porque ainda não vivo sozinha e o meu quarto tem suficientes coisas para me iniciar nestas lides. Basicamente, vou doar peças de roupa sempre que uma equivalente entre pela porta e deitar fora produtos de beleza que talvez já devessem ter ido para o lixo há algum tempo sempre que tiver de comprar um substituto de um produto que realmente uso (sou muito culpada em relação a cremes de corpo, que uso durante 3 dias quando ainda estou entusiasmada com o cheiro e depois a preguiça é mais forte).

        Em relação ao conteúdo digital, que inclui vídeos, livros e subscrições, torna-se tão mais difícil. Não sou apologista de apagar conteúdo pelo qual pagamos porque, desde que esteja organizado, no mundo digital não ocupa espaço. Mas não gosto de acumular informação que nunca vou consumir. É nesse sentido que prefiro correr primeiro toda a minha colecção digital antes de consumir mais entretenimento. Há sempre filmes e séries e livros a sair constantemente, mas desde que façamos escolhas inteligentes na sua escolha, acredito que todos nós conseguimos manter o conceito de "one in, one out" porque decerto que já acumulamos muita coisa desactualizada, desnecessária, ou com a qual simplesmente já não nos identificamos online (estou a olhar para vocês 100 subscrições no YouTube).

        Específico: Entra um, sai um. Check.
        Mensurável: Toda a gente sabe contar até um. Check.
        Atingível: Totalmente e bom para manter a casa organizada! Check.
        Realista: Desde que sejamos determinados e implacáveis com o controlo da tralha. Check.
        Temporizáveis: 365 dias, mas pode ser aumentado. Check.
      2. One good thing a dayComecei a fazer este pequeno ritual desde 1 de Janeiro de 2016 e vou continuar. O objectivo é criar uma sensação de positividade todos os dias, por muito maus que tenham sido. Fiz uma experiência parecida há uns anos que se chamava 100 dias de felicidade e correu lindamente! Todos os dias, durante mais ou menos um Verão, tirava uma foto que partilhava nas redes sociais com amigos sobre a melhor coisa daquele dia.

        Claro que há dias que têm várias coisas boas (e ainda bem! que haja sempre muitos!) e dias que é difícil encontrar alguma coisa em que nos apoiarmos e dias que a coisa boa é privada e não pode ser partilhada, mas isso fica a cargo de cada um: pessoalmente, apesar de ser uma hábito porreiro, não o considero uma obrigação e, portanto, não vejo mal em saltar um dia, ou partilhar várias coisas no mesmo dia, desde que o espírito de positividade se mantenha mais ou menos contínuo.

        Específico
        : Uma coisa boa por dia. Check.
        Mensurável: Uma coisa boa por dia. Check.
        Atingível: Pode ser que o gato não voltou a deitar a planta ao chão, é só mesmo uma coisa boa por dia. Check.
        Realista: Uma coisa boa por dia. Check.
        Temporizáveis: 365 dias, mas pode ser aumentado. Check.
      3. No more zero daysInspirado num comentário incrível no reddit (http://tinyurl.com/zerodays), acrescentei ao meu ritual diário de análise e retrospectiva a consideração de que todos os dias têm de ser dias productivos. Podem ser coisas pequenas (fiz a cama, mantive a secretária limpa, escrevi um parágrafo para o blog...) ou podem ser coisas médias (escrevi um post inteiro, li um capítulo de um livro, consegui resistir ao bolo de chocolate que estava na mesa...) ou podems er coisas grandes (passei no exame, concorri a um prémio, pintei um quadro...), o importante é ter sempre alguma coisa de que nos possamos orgulhar e que tenha contribuído para o nosso futuro.

        A genialidade do comentário do "No more zero days" é que quem escreveu é atencioso o suficiente para considerar que, às vezes, isso não é possível. Às vezes há dias maus ou muito bons ou muito atarefados que simplesmente não contribuem para objectivos futuros, mas que são necessários ao quotidiano e não há problema em nos perdoarmos, em perceber que a vida continua e temos é de nos mantermos constantemente na linha de pensamento correcta: sim, vou ser produtiva, sim, vou conseguir dar um passo pequeno, médio ou grande para o meu futuro, sim, sou capaz.

        Por outro lado, esta filosofia é incrível também porque trata com carinho um ente querido, o nosso eu futuro, e agradece ao nosso eu passado, que me parece imensamente importante: consegui publicar um livro porque tenho escrito 1 capítulo por semana? obrigada eu passado; consegui entrar no curso que queria porque estudei afincadamente neste último ano? obrigada eu passado... estive a trabalhar no duro para os meus objectivos para proporcionar uma vida melhor a alguém que me é muito importante e a quem só desejo coisas boas: o meu eu futuro. É levar a "treta" do «Temos de nos amar a nós mesmos» a novos patamares, numa nova perspectiva, que pode ser muito benéfica.

        Específico
        : Todos os dias ter pequenas vitórias pessoais. Check.
        Mensurável: Todos os dias fazer pelo menos uma coisa que nos aproxime dos nossos objectivos. Check.
        Atingível: O grau de dificuldade do objectivo diário é definido por cada um, mas mesmo uma pequena acção pode ter grande impacto. Check.
        Realista: Criar uma vida sem a preguiça a puxar pelo braço pelo menos 1 minuto cada dia. Check.
        Temporizáveis: 365 dias, mas pode ser aumentado. Check.

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